"To be hopeful in bad times is not just foolishly romantic. It is based on the fact that human history is a history not only of cruelty, but also of compassion, sacrifice, courage, kindness. What we choose to emphasize in this complex history will determine our lives." - Howard Zinn

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Sim, este post vem na sequência do anterior e vamos continuar a falar das ações da Ciência Viva no Verão em que participámos este ano. Neste caso, vamos levantar o véu sobre o que descobrimos relativamente a formigas e morcegos. Se têm crianças e jovens na Família, estas ações merecem toda a vossa atenção. O mesmo se aplica se trabalham na área da Educação e do Lazer com crianças e jovens. Mas estas ações têm interesse para um público mais vasto. Assim de imediato, vem-nos logo à mente o quão úteis podem ser para os horticulores e permacultores do nosso País.

Recordam-se quando partilhámos aqui a nossa visita ao Centro de Ciência Viva do Lousal em Junho e ficámos cheios de vontade de regressar para ver o Museu Mineiro? Regressámos mesmo ao Lousal. Duas vezes! Pois foi lá que decorreram as duas ações em questão: Mirmecólogo por um dia: o mundo fantástico das formigas! e Morcegagens. Infelizmente, não temos fotos à altura da grandeza do que vimos e descobrimos. Por uma lado estávamos demasiado absortos a escutar e a assimilar, pelo outro fotografar formigas e morcegos é um autêntico desafio!

Formigas com planos de evacuação, formigas que criam as suas próprias armadilhas, formigas que pastam rebanhos, formigas que tecem abrigos, formigas que parasitam outros formigueiros, formigas usadas para agrafar e fechar feridas... um verdadeiro mundo por descobrir e compreender que nos prendeu deliciados à cadeira do auditório e depois nos levou a ver o terrário do Centro de Ciência Viva e a levantar pedras para observar e identificar formigas no exterior... O universo das formigas é fantástico e surpreendente! E a oportunidade de as observar em ação, ao vivo num terrário, também! Sem falarmos de um orador que é, não só um mirmecólogo completamente apaixonado pelo que faz, mas também um autêntico contador de histórias e um especialista a quem podemos recorrer se decidirmos criar o nosso próprio terrário para observação de formigas.

Se uma palestra animada sobre as formigas ou um terrário para as observar faz todo o sentido na vossa escola (ou na vossa casa!), podem contactar o Eduardo Sequeira através da sua página Formigarium no Facebook. Acreditem que não se arrependerão. Nós, por agora, contentar-nos-emos em regressar de vez em quando ao Lousal para observar o terrário que este biólogo lá construiu. Mas não está completamente posta de parte a hipótese de um dia virmos a ter em casa um pequeno terrário que nos ajude a conhecer melhor estes insetos. Por falta de divulgação adequada, este ano escapou-nos a ação da Ciência Viva no Verão onde ensinaram a construir o terrário, mas esperamos que a repitam no próximo ano. O Eduardo também nos aguçou a curiosidade pelo trabalho de João Pedro Cappas e Sousa e pelo seu Museu Vivo de Insetos Sociais em Cuba, no Alentejo. Um lugar muito apelativo para aprender mais sobre formigas e abelhas. Se bons ventos o permitirem, adivinhem onde iremos em breve?

As Morcegagens estiveram a cargo do biólogo Mário Carmo, especialista em quirópteros (morcegos). Descobrimos as diversas espécies existentes e as suas características, com particular destaque para as que vivem em Portugal. Desconstruímos mitos e superstições em torno dos morcegos. Apaixonámo-nos por estes mamíferos alados que no nosso país são bem pequenotes. E apaixonámo-nos também pela relação que se está a começar a cultivar em Portugal entre os agricultores e os morcegos. Com a ajuda do Mário, a Herdade do Esporão tem estado a introduzir morcegos para o controlo dos insetos, reduzindo assim o recurso a pesticidas. Tiramos o nosso chapéu a esta forma de interagir com a Natureza, que acaba por favorecer o respeito pelo equilíbrio dos ecossistemas. Ficamos a torcer para que estes exemplos se multipliquem por Portugal afora.

Depois da palestra no auditório, já ao entardecer, sob um maravilhoso crepúsculo alentejano, lá fomos todos, munidos de lanternas na testa, observar os morcegos numa das entradas da Galeria Mineira. Observá-los e sobretudo escutá-los, que a escuta das ecolocações é muito importante para perceber como se movem em plena escuridão, para reconhecer espécies, bem como os diferentes tipos de interação entre os indivíduos. O nosso Maxi-Puto, embora não saiba interpretar o que ouve, ficou a reconhecer o som dos morcegos e já dá por eles no nosso quintal! Só o sorriso no rosto dele quando nos contou isto, já valeu a ida ao Lousal!

Aliás, esta foi uma das razões que nos levou a interessar-nos tanto pelos morcegos, pois já os temos visto à volta da nossa casa e na Arrábida existem colónias de morcegos. Queríamos perceber se os poderíamos atrair para o nosso quintal, precisamente para ajudar no controlo natural de melgas e mosquitos. Por isso ficámos interessadíssimos quando o Mário nos relatou o caso da Herdade do Esporão e nos falou da construção de abrigos para morcegos como forma de os atrair. Tal como com as ações sobre as formigas, mas desta vez por azelhice nossa, também neste caso nos passou desapercebido que houve uma outra ação da Ciência Viva dedicada à construção de abrigos para morcegos. Mas o Mário teve a amabilidade de nos mostrar o abrigo que construíram nessa ação e de explicar sucintamente como é construído. Não é complicado e a Internet está cheia de exemplos, planos e demonstrações de como se faz. Lá entrou mais um projeto diretamente para a nossa lista de afazeres.

Foram maravilhosas estas ações. Colocaram o Lousal no nosso mapa familiar de Centros de Ciência Viva. Temos que agradecer isso também à Andreia Mendonça, a bióloga que foi a nossa fabulosa guia na visita à Galeria Mineira na primeira vez que fomos ao Lousal e que contribui para levar a este Centro de Ciência Viva estas ações tão interessantes. We'll be back!

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Família, Educação e descoberta, Ciência Viva no Verão, Passeios